E tomando em suas mãos
O mundo e tudo que nele há
Disse a si mesmo.
Valerá a pena.
Não tanto pelos vales
E nem pelas flores
Ou pelas imensas cascatas
Que elevam nuvens
De água transformada em nuvens
Mas pelo amor da moça prisioneira.
Pelo amor da órfã
E do pequeno Samuel
Que viu seus pais morrerem na guerra
Por amor da pequena Pooja
Que viu sua mãe morta
Por sacerdotes fanáticos,
Ele correu em meio as gotas da chuva
Ele gritou em meio a tempestade
Ele saltou em meio aos raios
E no seu coração queimavam nomes
E quando a imagem da cruz vinha em sua mente
Era somente um pedaço de madeira
Entre Ele e as vozes de alegria
Era somente um dia de agonia
E mais dois de escuridão
Nada mais
Ele deixou que a chuva
Derramasse sobre as roupas
Ele deixou que as vozes
Dos trovões ressoassem
Ele gritou a plena voz
Em meio a tempestade
E correu cheio de alegria
A carreira que lhe fora destinada
Pensam os homens
Que vivera uma vida tão pesada
Que a morte manchava seus sonhos
De menino
Era pouco
Diante do gozo
Que o envolvia
Nada mais que
Um dia de agonia
E dois de Escuridão
Mas ainda houve-se nas entranhas do universo
Não seu medo
Antes sua furia!
Antes sua alegria transbordante
Maior é o som dos seus pés
Pisando as poças de lama
Maior é o grito de vida
E de sua certeza
Porque nele estava a Vida
E a Vida era a luz dos homens
E como brilha
Essa chama
Esse raio,
Essa centelha
nesse homem
Ressurreto
Olha!
Ainda corre!
Ainda ri!
Ouçam!
Ainda grita
E sua voz
Dentro de mim
É maior
Que um trovão....
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